O governador Romeu Zema (Novo) declarou na sexta-feira (27) que não ficou em Brasília para almoçar com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e os governadores de outros estados porque o convite foi feito de última hora e ele tinha outros compromissos em Belo Horizonte.
Zema foi à capital para participar de uma reunião, no período da manhã, com o presidente e os demais 26 governadores. O objetivo do encontro era que cada um deles apresentasse a Lula as principais demandas de cada Estado na relação com o governo federal.
O governador, no entanto, não participou do almoço com Lula e os demais governantes estaduais marcado para às 14h30m no Itamaraty. Outros governadores que estiveram na reunião também não foram ao almoço, como o de São Paulo, Tarcisio de Freitas (Republicanos), o do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), e o de Santa Catarina, Jorginho Mello (PL).
Segundo a assessoria de imprensa de Zema, o governador já tinha agenda marcada à tarde em Belo Horizonte: a reinauguração da Biblioteca Pública Estadual, na Praça da Liberdade. O evento começou às 15h, mas Zema chegou atrasado, quando a cerimônia já tinha se encerrado. Ele concedeu rápida coletiva à imprensa no local por volta das 17h.
Segundo o governador, a relação com o Palácio do Planalto “é a melhor possível e com o tempo só vai melhorar”. “Muitos governadores já tinham compromissos, tiveram de sair antes. Nós fomos convidados de última hora, então ficaria difícil para alguns remarcar os compromissos”, disse Zema ao ser questionado sobre o motivo de não ter participado do almoço com Lula.
"Eu optei por vir porque tinha já alguns compromissos aqui em Belo Horizonte que eu já tinha assumido. Inclusive, cheguei atrasado aqui”, continuou. “Mas eu tenho certeza que nós vamos caminhar para um bom diálogo. O presidente disse que vai visitar todos os Estados e ele será muito bem-vindo quando vier visitar os mineiros”, concluiu Zema.
Na agenda oficial do governador, não constou nenhum outro compromisso para sexta-feira (27).
Zema apoiou Jair Bolsonaro (PL) no segundo turno da eleição contra Lula (PT). Porém, ele tem adotado uma estratégia diferente, com mais distanciamento, na relação com o petista na comparação com os governadores de São Paulo, Tarcisio de Freitas, e do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), que também apoiaram Bolsonaro.
Segundo Zema, na reunião com Lula e os governadores na sexta-feira (27), ele pediu que o governo federal melhore a manutenção das estradas federais em Minas Gerais, que na avaliação dele “deixam muito a desejar”.
“Nós temos a questão do Acordo de Mariana. Foi o que eu mais frisei. É uma pauta tanto de Minas quanto do Espírito Santo. E temos também obras na região do semiárido. As represas de Berizal e Jequitaí que estão paralisadas há mais de uma década e que também precisam ser concluídas para que nós tenhamos mais segurança hídrica naquela região que nem sempre tem água disponível”, afirmou o governador.
