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REMUNERAÇÃO DO PRODUTOR DE CANA-DE-AÇÚCAR DEVE SER A MELHOR EM QUATRO ANOS

A valorização do açúcar e do etanol, tem construído um bom cenário de preços para ambos os mercados, sustentando um avanço na remuneração da matéria prima

REMUNERAÇÃO DO PRODUTOR DE CANA-DE-AÇÚCAR DEVE SER A MELHOR EM QUATRO ANOS
Por: NOVA CANA
postado em 05 de julho de 2021

A valorização do açúcar e do etanol, como consequência dos preços internacionais, do aumento da demanda e retração da produção do biocombustível, tem construído um bom cenário de preços para ambos os mercados, sustentando um avanço na remuneração da cana-de-açúcar.

As últimas projeções do Instituto de Pesquisa e Educação Continuada em Economia e Gestão (Pecege) indicam que o preço médio do Açúcar Total Recuperável (ATR) será de R$ 1,0238 por quilograma, o que significa um crescimento de 31,54% em relação à safra 2020/21.

A redução da quantidade de cana ofertada na safra 2021/22 fará com que os preços de açúcar e etanol no mercado continuem firmes nos próximos meses, garantindo os preços elevados para a matéria-prima.

“Diante deste nível de preços, excepcionalmente, espera-se que o custo-caixa de cana própria seja inferior ao custo de cana de terceiros – ainda que a política de pagamento seja o Consecana”, afirmam os especialistas dos Pecege em relatório especial.

Apesar do preço do ATR apontar para o maior já registrado no histórico, os analistas afirmam que isso ocorre devido à perda de poder de compra da própria moeda brasileira. “Quando descontado os efeitos da inflação, notamos que valores próximos ou acima já foram registrados antes”, afirmam.

Se houver o aumento esperado de 5,56% no índice de preços entre maio de 2021 e março de 2022, o valor do ATR para a temporada 2021/22 deve ser próximo a R$ 0,9664 kg, apresentando um ganho de 17,51% acima da inflação quando comparado com o ano anterior.

“Esperamos preços elevados para esta safra. Casos os números de confirmem, a remuneração real do produtor deverá ser a mais elevada dos últimos quatro anos”, afirmaram os especialistas do Pecege em relatório.

Por: Natália Cherubin