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BIÓLOGOS E PESCADORES CUIDAM DE OVOS DE TARTARUGAS NO LITORAL DE MUCURI

O município possui 18 praias em 45 quilômetros de litoral, mas o monitoramento ocorre especialmente nas 6 praias da zona norte da cidade

BIÓLOGOS E PESCADORES CUIDAM DE OVOS DE TARTARUGAS NO LITORAL DE MUCURI
Por: ASCOM/PMMUCURI
postado em 08 de outubro de 2021

A Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Mucuri restabeleceu os trabalhos de monitoramento das praias que são consideradas áreas preferidas de desovas das tartarugas e os primeiros ninhos com ovos começaram a ser descobertos. Geralmente as tartaruguinhas nascem dois meses depois de os ovos serem monitorados por técnicos ambientais. A estratégia atual da Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Mucuri é educar a população com cartazes e orientação. O objetivo é adaptar os humanos ao ambiente das tartarugas e não elas aos humanos.



O município possui 18 praias em 45 quilômetros de litoral, mas o monitoramento ocorre especialmente nas 6 praias da zona norte da cidade: Praia Jacutinga, Praia da Vila, Praia Bahia do Sol, Praia do Pôr do Sol, Praia das Malvinas e Praia da Boca da Barra. Já na região sul do município o monitoramento acontece especialmente em outras 6 praias: Praia da Camboa, Praia do Camurugi, Praia do Josuel, Praia do Maurício, Praia do Sossego e Praia do Rio das Ostras. Onde não só os biólogos e fiscais, como também pescadores e voluntários estão empenhados em proteger os ninhos.


O secretário Municipal de Meio Ambiente de Mucuri, o jornalista e gestor ambiental Ronildo Brito, disse que o trabalho inicial é preservar o ninho encontrado com telas, cavaletes e fita zebrada. E por todo tempo após a descoberta os fiscais das praias monitoram diariamente os ninhos até o nascimento das tartarugas marinhas durante as suas condições ambientais. “Já prevíamos que os ovos aparecessem na lua cheia, consequentemente na maré alta e para garantir o nascimento das espécies com segurança é preciso o monitoramento. Protegemos e monitoramos o ninho pelo desejo de que o mundo se torne um lugar bom para se viver. O meio ambiente somos nós”, alertou o secretário Ronildo Brito.



Conforme o biólogo Sandro Sulz, que coordena os trabalhos de monitoramento, os ninhos descobertos estão sendo cercados, com um pedido para que não mexam, no entanto, fiscais também vigiam o espaço diariamente em vários horários do dia. “Não é certo que dali sairão tartaruguinhas, pois não se sabe se a mãe foi fecundada - o jeito será esperar. O tempo de incubação dos ovos demora de 45 a 60 dias. Depende da temperatura neste tempo. Quanto mais alta, mais rápido. Estamos no pico da temporada de desova de tartaruga-cabeçuda e as praias de Mucuri são áreas prioritárias de desova desta espécie”, explica o biólogo Sandro Sulz.



O fiscal de proteção ambiental Vagner Kock, pede que a população respeite a área delimitada e não interfira no processo de nascimento dos filhotes. Segundo ele, o que se faz de imediato é promover ações de proteção desses ninhos e aplicar ações educacionais para que as pessoas conheçam e entendam todo esse processo novo para o município de Mucuri. Vagner Kock explica que durante muito tempo, as desovas eram levadas para locais cercados e longe de áreas com banhistas. Mas os biólogos perceberam que remover os ninhos das praias não era a melhor maneira de conscientizar as pessoas sobre as áreas que sempre foram das tartarugas.

Fotos: Secretaria de Meio Ambiente de Mucuri